Alunos de escolas competem em Mobfog usando foguetes impulsionados por ar comprimido, que viajam até a base de lançamento. Inscrições vão até 1º de maio.
Espaçonave, propulsão, gravidade, traje espacial…Você se recorda desses termos? Pois é, construir e lançar um foguete de garrafa PET pode ser uma maneira divertida de revisitar (ou descobrir) esses conceitos. Mas cuidado: não espere conseguir soltar o dispositivo na sua área de convivência, ok?
Em vez de permitir a saída do projétil em um ambiente fechado, é melhor planejar a atividade em um local externo e adequado para a propulsão do aparelho. E lembre-se: antes de lançar o foguete, certifique-se de que todos estão em segurança e a postos para a experiência. Diversão garantida!
Rumo à estratosfera: o incrível poder do foguete
Ele é potente, atingindo uma velocidade superior a 100 km/h e já percorreu distâncias além de 480 metros. Desde 2007, estudantes do ensino fundamental e médio mergulham no universo dos foguetes, buscando superar marcas, na Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog), uma jornada fomentada pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e pela Agência Espacial Brasileira (AEB), com apoio de instituições como a UERJ e CNPq. Os vencedores, além de prêmios, podem ganhar uma viagem para a Jornada Brasileira de Foguetes, em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro.
Como afirma João Canalle, professor da UERJ e presidente da Mobfog, o evento manual sem prova escrita tem revelado talentos variados, despertando interesse e confiança em alunos antes desestimulados pela matemática. A ausência de barreiras permite que habilidades distintas sobressaiam, enriquecendo a experiência educacional.
O poder da pressão: o coração do foguete PET
A base de lançamento, acionada por ar comprimido, impulsiona o projétil PET, viagem que ultrapassa 400 metros, graças à ‘pressão’. João Canalle desvenda o segredo: antes do lançamento, a garrafa é preenchida parcialmente com água. A ação de enchimento com ar, por meio de uma bomba de encher, determina a pressão interna, influenciando a força de impulsão.
Ao puxar a corda conectada à garrafa, a água é expelida para trás, gerando ação que resulta no lançamento para frente, como um foguete. Variáveis como vento, ângulo da garrafa, formato e aletas, moldam a trajetória em formato de parábola, com direcionamento preciso. A ciência por trás do voo é um espetáculo de física em ação.
Do Brasil para o espaço: a jornada do foguete amador
Jovens apaixonados por exatas têm a chance de expandir horizontes, participando de competições que os impulsionam além das expectativas. O caminho da Mobfog à principal competição global de foguetes representa não apenas uma viagem física, mas uma jornada de conhecimento, desafios e superação. O foguete, símbolo de exploração e descoberta, guia esses jovens pelo fascinante mundo da astronáutica.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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